Andréia Nobre, Rejane Alves e Thiago Freire - 3° período – Produção e Redação Jornalística
Passear a noite pelas principais avenidas de Goiânia pode ser um drama. A cidade registra alto índice de acidentes em cruzamentos, e o pior: acidentes em semáforos com equipamentos de fiscalização eletrônica. A princípio é possível pensar que o equipamento é um elemento inibidor, mas não entre as 23 horas e 5 horas, em que os chamados "furos" não são processados e os condutores aproveitam para arriscar.
De acordo com a diretora da divisão de multa da Superintendência Municipal de Trânsito, Inês Maria, as imagens são registradas, pois a fita continua rodando, mas a multa não é encaminhada para o condutor devido à liberação neste horário. "Foi analisando a segurança do motorista contra assaltos em sinais na madrugada, que procedemos desta forma", argumenta.
Maria Inês explica que o equipamento é a principal testemunha de várias colisões em cruzamentos, onde a segurança dá lugar à desatenção. "Em casos que envolvem acidentes, a multa é sim processada para ambos. Porém, quando uma das partes diz ser vítima da imprudência da outra, é feito então o levantamento das imagens para auxiliar no processo", conclui.
Números
Segundo o relatório cedido pelo Geoprocessamento da SMT, o cruzamento situado na Quinta Avenida com a Independência, desde a sua implantação em 2002 registra um total de 264 acidentes, sendo 42 destes só no ano passado. Mas o agravante é que cerca de 60% destes acidentes acontecem no período em que não é processado a multa.
Segundo o relatório cedido pelo Geoprocessamento da SMT, o cruzamento situado na Quinta Avenida com a Independência, desde a sua implantação em 2002 registra um total de 264 acidentes, sendo 42 destes só no ano passado. Mas o agravante é que cerca de 60% destes acidentes acontecem no período em que não é processado a multa.
"Os equipamentos de velocidade permanecem 24h funcionando e registrando os excessos autuados independente do horário, não justificando o abuso da velocidade ao avançarem o sinal, " relata o Diretor de Fiscalização da Superintendência Municipal de trânsito, Duílio Furtunato Rodrigues. Ele alerta para o respeito às ambulâncias e carros do corpo de bombeiros e argumenta que, "se for ceder passagem em qualquer horário do dia, dê preferência aos veículos de emergência, e se possível anote o número e a data da ocorrência em que a multa foi aplicada pelos equipamentos de fiscalização, para que se possa fazer a devida defesa", conclui.
Segundo a chefe de divisão de Geoprocessamento, Vânia Batista Soares, os elevados índices de acidentes desde a implantação dos equipamentos de sinalização em semáforos têm como causa principal a imprudência dos condutores. "Muitos motoristas nem ao menos diminuem a velocidade ao cruzar avenidas principais de Goiânia. Eles contam apenas com a sorte", desabafa.
Imprudência
O estudante Flávio Faria de 23 anos foi surpreendido por um veículo quando cruzava a Avenida 85 com a 87, no Setor Sul. Flávio conduzia sozinho um Golf por volta das 3 horas da manhã em maio de 2005 quando foi atingido por um Gol branco em alta velocidade. "Eu cruzava a avenida com o sinal verde. Foi muito rápido. O carro teve perda total", descreve.
O estudante Flávio Faria de 23 anos foi surpreendido por um veículo quando cruzava a Avenida 85 com a 87, no Setor Sul. Flávio conduzia sozinho um Golf por volta das 3 horas da manhã em maio de 2005 quando foi atingido por um Gol branco em alta velocidade. "Eu cruzava a avenida com o sinal verde. Foi muito rápido. O carro teve perda total", descreve.
Em setembro de 2006, Franco Canedo de 22 anos, ao cruzar o sinal localizado na Praça Tamandaré foi atingido por uma moto que trafegava em alta velocidade. "Eu não tive reação, quando vi, o motociclista já estava caído", explica. Em ambos os casos a multa não foi processada, mas Flávio Faria foi até a divisão de multas da SMT para requerer as imagens do acidente e entrar com uma ação de perdas e danos contra o condutor do Gol na justiça.
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O relatório mostra ainda, que em 2006 foram registrados 410 acidentes nos cruzamentos que possuem o equipamento de fiscalização eletrônica. Destes, 161 ficaram feridos e 3 pessoas morreram.
Analisando a quantidade de acidentes desde a implantação dos equipamentos em 2000, o DETRAN avalia a sensível diminuição dos números de acidentes com a fiscalização em semáforos se comparado com o ano de 2006. O órgão acredita que somente a conscientização e a responsabilidade dos condutores podem diminuir as colisões em cruzamentos no período em que é permitido.
Analisando a quantidade de acidentes desde a implantação dos equipamentos em 2000, o DETRAN avalia a sensível diminuição dos números de acidentes com a fiscalização em semáforos se comparado com o ano de 2006. O órgão acredita que somente a conscientização e a responsabilidade dos condutores podem diminuir as colisões em cruzamentos no período em que é permitido.
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