Segundo relatório, são consumidos 12,5 doses diárias de anfetamina por habitante. Em 2004, éramos o quarto colocado no ranking mundial.
Karolinne Rodrigues
O estudo divulgado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), que trabalha para o escritório contra Drogas e Crimes da ONU, apontou o país como líder mundial no consumo de inibidores de apetite. Após o Brasil, as maiores taxas estão entre a Argentina, Coréia do Sul e Estados Unidos.
Karolinne Rodrigues
O estudo divulgado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), que trabalha para o escritório contra Drogas e Crimes da ONU, apontou o país como líder mundial no consumo de inibidores de apetite. Após o Brasil, as maiores taxas estão entre a Argentina, Coréia do Sul e Estados Unidos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) já estuda providências imediatas sobre o caso. O órgão pretende divulgar ainda nesse mês uma portaria fixando as mudanças. Entre elas estão: a criação de um sistema de controle que funcionará on line e no ato da compra, identificação obrigatória do profissional, alteração da cor do receituário e impressão das receitas – atualmente, isso é feito pelo médico.
Todas as medidas visam combater o consumo com receitas falsas nas farmácias convencionais, de manipulação e mercado clandestino de medicamentos. Para vender medicamentos de controle restrito, como os inibidores de apetite, as farmácias e drogarias registram e anexam as receitas que são recolhidas pela Anvisa para controle.
Os medicamentos para emagrecimento, além de acabar com a fome, provocam vários efeitos no organismo, mesmo que em doses baixas. A farmacêutica-bioquímica Roberta Rodrigues afirma que as substâncias são muitos fortes e na maioria das vezes o médico necessita receitar outros medicamentos auxiliares, como por exemplo, os calmantes. Segundo ela, os efeitos vão desde alucinações, ansiedade e agitação. Roberta ainda acrescenta que seu uso coloca o paciente sob risco de desenvolver hipertensão arterial, taquicardia, problemas hepáticos e renais.
Arlete (nome fictício), 29, sentiu durante anos todos esses sintomas. Usuária de moderadores de apetite desde os 17, revela que as alucinações eram a pior parte dos efeitos. "Via gente conversando comigo, não dormia e sentia alegria e tristeza ao mesmo tempo", relata. Hoje, ela garante não usar mais nenhuma substância química para emagrecer. "Não agüentava mais tantos problemas emocionais. Procurei melhorar minha alimentação e fazer exercícios físicos", alegra-se.
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