O plano pré-pago, antiga oferta da Brasil Telecom destinado à baixa renda, foi migrado para o plano AICE (acesso individual classe especial) que não isenta mais a temível assinatura básica.
Esley Carvalho
Agora não tem jeito, os consumidores de telefonia fixa, antigos usuários do pré-pago foram automaticamente migrados para o plano AICE (acesso individual). Funciona basicamente como o plano anterior, os clientes só podem receber ligações caso não tenham inserido o cartão, só que a partir deste ano, o consumidor vai ter que pagar mensalmente uma assinatura de aproximadamente vinte e cinco reais.
Um valor talvez irrisório, mas essa taxa para um cliente de baixa renda pode fazer uma grande diferença no orçamento final. "Aceitei a alteração. Achei horrível porque para eu receber ligação agora, eu tenho que pagar uma taxa de vinte e quatro reais", afirma Meiry Gomes Marinho, 38, agente de negócios.
O início da alteração foi em janeiro de 2006 e a medida foi aprovada em junho de 2003. Segundo Paula Guimarães,19,agente da Brasil Telecom, as reclamações dos antigos clientes começaram a surgir somente agora com a chegada das primeiras contas.
A principal queixa dos clientes é de que pediram para cancelar, mas a linha não foi cancelada, ou de que foram informados de que caso não inserissem créditos em três meses o telefone seria cancelado. Porém, isso não aconteceu. Os clientes, de repente, receberam as contas, e o descontentamento foi inevitável.
"O número de ligações aumentou, e consequentemente, aumentou o número de cancelamentos", esclarece Paula. Os avisos com relação à alteração do plano foram escassos proporcionando à Brasil Telecom mais uma série de assinaturas básicas para o seu faturamento.
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