quarta-feira, 6 de junho de 2007

Transporte - Mudanças no transporte coletivo de Goiânia desagrada trabalhadores

Funcionários do sistema coletivo perderam benefício do passe livre e se sentem constrangidos com o descaso dos empregadores

Wilson Fernandes Diogo

O cartão passe livre funcional, direito que é dado a todos os funcionários do sistema de transporte coletivo de Goiânia não funciona mais. Os funcionários passam por constrangimentos dentro dos ônibus na hora do embarque e desembarque. Os mesmos têm que disputar espaço com passageiros que não tem o bilhete para embarque e até mesmo com idosos que não possuem cartão passe livre.

Desde o último dia 25 de maio os funcionários devem embarcar e desembarcar pela porta da frente dos ônibus, eles não possuem mais o direito de ir e vir. Essa decisão tem causado transtorno e revolta nos funcionários, que reclamam da falta de consideração das empresas. "O descaso das empresas com os funcionários é muito grande", afirma o atendente A.C.C (Todas as fontes que não quiseram se identificar são apresentadas pelas iniciais)

De acordo com os funcionários, eles só foram comunicados sobre as mudanças dois dias antes dela acontecer, e ainda não deram uma justificativa sobre o motivo. "Eles não pensaram em nós na hora de fazer a mudança", afirma o motorista C. D. C.. O Sindicato dos motoristas do Estado de Goiás não se manifestou sobre o assunto
.
A falta de informação é outro ponto que tem causado revolta. Duas funcionárias que não quiseram se identificar foram barradas na plataforma do Eixo Anhanguera. As mesmas estavam se deslocando para o trabalho e tiveram que pagar a passagem para não poderem chegar atrasadas. A assessoria de comunicação da Metrobus disse que esse tipo de problema não irá se repetir e que os funcionários já foram orientados para não barrar funcionários.

Opinião dos funcionários

Humilhação, descaso e insatisfação. Essa é a opinião dos funcionários do sistema. De acordo com eles, depois de um dia estressante, a única coisa que querem é chegar em casa e descansar, mas a situação não permite. Vão para o ponto torcendo para pegar um ônibus vazio e poderem sentar. Só que a realidade é outra, eles vão na frente, disputando o lugar com outras pessoas.

Segundo os funcionários, os motoristas ficam olhando com cara de insatisfação, não gostam que fiquem ali na frente. Todos se sentem constrangidos com a falta de sensibilidade das empresas. De acordo com os motoristas esse novo sistema causa um tumulto na parte dianteira dos ônibus e isso acaba tirando a atenção, aumentando o número de acidentes no trânsito.

Fazem parte do sistema de transporte de Goiânia as empresas Rápido Araguaia, Guarany, Viação Reunidas, Viação Paraúna, Cootego, Metrobus, Leste, HP, Cptrans, Ctur, CMTC e Setransp. Já tentaram uma solução para o problema, mas as empresas ainda não se manifestaram sobre o assunto.

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