sexta-feira, 15 de junho de 2007

Cresce oferta e procura por cursos tecnológicos

Com a média de dois anos de duração, já existem faculdades que deixaram os cursos de bacharelado e licenciatura de lado e oferecem somente os cursos de tecnologia

Cláudio Bueno, 7º período-noturno

O mercado de trabalho exige profissionais com qualificação cada vez maior em áreas específicas, por isso, os cursos de tecnologia estão sendo opções vantajosas para as Instituições de Ensino Superior privadas. Os cursos superiores que formam tecnólogos não são recentes no Brasil. Há muito tempo, o governo federal mantém Centros Federais de Tecnologia (Cefets). www.mec.gov.br

A partir da metade da década de 90, esses cursos passaram a ter uma procura grande, que abriu espaço para atuação das universidades privadas, e ganharam a companhia de outra modalidade, que tem sido muito oferecida pelas instituições a partir da regulamentação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB): os seqüenciais.

Ambos podem fazer parte de forma eficaz dos serviços oferecidos pela instituição de ensino, mas devem ser muito bem focados no público que se quer atingir. O seqüencial, por exemplo, costuma ser voltado a alunos que buscam um bacharelado, mas gostariam de obter colocações no mercado de trabalho antes de concluir a graduação. Assim, as disciplinas iniciais conferem um certificado profissional nos primeiros dois anos, colocando o aluno em condições de entrar no mercado.

Tempo
No entanto, é fácil perceber que os cursos tecnológicos são apropriados para essa formação inicial, já que a graduação tecnológica é focada em uma área específica e permite a colocação de quem se forma em setores do mercado de trabalho onde é necessário mais qualificação. Além disso, esse modelo de curso possibilita que o aluno possa até fazer um mestrado, ganhando ainda mais força competitiva.

"Atualmente, o mercado de trabalho exige profissionais especializados, com educação específica e com possibilidade de progressão escolar rápida. O curso de tecnologia permite oferecer isso", revela Liliane Morais, coordenadora geral de graduação da Faculdade Cambury que deixou os bacharelados de lado e oferece somente cursos tecnológicos.

Liliane afirmou ainda que os cursos acabam sendo mais voltados à pessoas que estão trabalhando e buscam maior qualificação. "Muitas empresas ou instituições exigem em seu plano de carreira, curso superior e pós-graduação para que o funcionário possa atingir cargos maiores e um grau maior de remuneração", argumenta.

O aluno de Gestão Executiva de Negócios da faculdade Cambury, Ailton de Souza, resolveu optar pela modalidade por ser mais rápida e direcionada à prática. "O mercado está exigindo muita qualificação e o aluno que souber aproveitar bem o curso vai se sair bem no mercado de trabalho". Comenta.

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