terça-feira, 5 de junho de 2007

O mercado goiano para bandas de rock

As dificuldades são muitas, mas Goiânia vem se mostrando um bom lugar para divulgar a música., tornando-se palco de festivais de rock renomados em todo Brasil

Arianne Lopes, Clarissa Ramos, Larissa de Souza e Pedro Dias

Goiânia vem se destacando por suas bandas de rock. A cidade se tornou palco de festivais como Bananada e Goiânia Noise, estes referências no cenário nacional. Para João Paulo Martins, ex-integrante de uma banda, o rock goiano vem adquirindo seu espaço de forma que bandas goianas têm se destacado em todo o país.

Goiânia ser conhecida como a capital sertaneja não tira a mérito das bandas de rock. Prova essa é a criação de um selo musical, a Monstro, que incentiva bandas goianas a se projetarem no mercado e o Bananada, evento que ocorre na mesma época que a exposição agropecuária, e atinge um público numeroso, mostrando que não só de música sertaneja vive o goianiense.

O estudante e freqüentador destes festivais Rafael Ataíde Alves diz que quem vive na capital sabe que há muito mais do que música sertaneja. “O goiano está ligado a vários estilos e o mercado daqui possui público para todos os gostos musicais”, completa.

Monara Gomes, vocalista da banda Go Madagascar, diz que existe espaço para todos. Mas a maior dificuldade é a falta de credibilidade e investimento nas bandas de rock. “A banda às vezes pode ter potencial pra despontar no mercado nacional e até mesmo internacional. Se não acreditar, ninguém vai investir, e sem investimento não há como prosperar”, conclui.

João Paulo diz ainda que há preconceitos por parte da sociedade com relação ao estilo adotado pelos “roqueiros”. “Um cabeludo tatuado ainda assusta muita gente, mas estamos aqui para quebrar esse preconceito”, afirma. Rafael não pensa diferente, para ele o rock alternativo tem uma agravante que estimula o preconceito que é o jeito largado. “Aqueles que não conhecem as pessoas culturalmente tem o hábito de rejeitar o que não entendem”, critica.

Já Monara é mais enfática. “É tudo uma questão de gosto. Quem gosta de música sertaneja, geralmente não gosta de rock. Da mesma forma, quem gosta de rock, geralmente não gosta de música sertaneja. Logo, acabam-se formando tribos que defendem seus estilos e criam resistência aos demais”.

Veja entrevista completa com João Paulo Martins. Clique aqui.

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