quarta-feira, 6 de junho de 2007

O papel social de cada dia

A funcionaria do Ministério da Agricultura em Goiás Duvirgem Maria de Jesus, começou o trabalho de doação de papel para a Associação de combate ao câncer a 14 anos. Por iniciativa própria, ela depois de assistir a uma matéria na TV se comoveu, por trabalhar em um Órgão grande acreditou que seria possível realizar o trabalho, “ao invés de deixar que fossem desperdiçados eles seriam revertidos em verbas pensou ela”.


Elen Carola Morgado


A associação de Combate ao Câncer em Goiás, beneficia pessoas que tem câncer e são carentes financeiramente. Para se manter a Associação conta com o auxilio de pessoas voluntárias como a Servidora Publica citada acima. O papel é vendido a 0,4 centavos o Kg. Por mês eles conseguem acumular uma verba de aproximadamente R$ 3.000,00 (três mil reais). Com esse dinheiro arrecadado eles propiciam a pessoas necessitadas um conforto mínimo que é o de garantir a compra de remédios.


Para desenvolver o trabalho dentro do Órgão Publico, Duvirgem precisou da autorização do Delegado da Superintendência, que na época era Odilon Claro de Lima. Alem da autorização, ela foi presenteada também com um pequeno cômodo para estocar os papeis recolhidos.

Duvirgem começou a juntar os primeiros papeis “ até os mais pequenos eu recolhia e empilhava para que o monte fosse aumentando cada vez mais, eu pensava... por menor que seja fazem diferença sim”. “Pedi aos colegas servidores que me auxiliassem e muitos se conscientizaram da importância, logo começaram a chegar os papeis no estoque”. Uma das ajudas mais importantes e que não poderia deixar de citar é a do pessoal da limpeza do grupo CORAL, comecei a ter ajuda deles logo no primeiro ano.

Depois de algum tempo a servidora teve que desocupar o cômodo, mas, lhe foi cedido um outro lugar para que pudesse prosseguir com o trabalho. Passou a colocá-los em uma guarita, novamente com o passar dos anos a guarita também foi solicitada, Duvirgem não desistiu.

Depois de trocar de lugar por duas vezes comenta não ter se intimidado. “Quando comecei eu era assessora de comunicação, hoje sou estoquista do MAPA em Goiás, Tive então que guardá-los em um espaço que mede mais ou menos dois 2 m”. Ela diz que “o mais interessante é que foi dentro do próprio estoque de documentos do Ministério. A solução para o pouco espaço, foi que ao invés de ser mensal, passou a ser semanal a coleta do caminhão que recolhe os papeis”. Neste ano de 2007 passei a estocá-los no lado de fora, mas por ser um espaço de tempo curto não tem problema algum.

Em agosto deste ano Duvirgem irá se aposentar, ela diz estar rezando e pedindo a Deus que prepare uma pessoa boa para prosseguir com essa tarefa de ajudar as pessoas com câncer e que precisão desse apoio. A servidora conta que sua maior preocupação não é essa. “O que tem me deixado inconformada é uma nova Lei que entrará em vigor .... ficou decidido que todas os Órgãos Públicos devem recolher os papeis e encaminhá-los para a Associação dos catadores de papelão. Eu sinto que preciso começar uma nova batalha.












Nenhum comentário: