Aulas da língua brasileira de sinais começam esse mês no Senac Elias Bufaiçal. Coordenadora garante que isso é fundamental para a inclusão dos surdos na sociedade
Cristiane Lima
O curso de Libras do Senac começou no último sábado, 14, oferecendo carga-horária de 60 horas. As aulas podem ser ministradas de segunda a sexta-feira ou nos finais de semana.
A supervisora pedagógica da instituição Andréia Ferreira Nascimento de Paula diz que o curso de Libras é procurado por um público variado. "Algumas pessoas procuram o curso por ter alguém na família que se comunica dessa forma, outras para ajudar no atendimento em comércios ou por curiosidade", afirma.
Patrícia Rodrigues Cardoso decidiu aprender essa nova língua para auxiliar o acompanhamento de quatro alunos da escola municipal, onde trabalha em Senador Canedo.
Segundo Patrícia, sua interação com a surdez das crianças tem sido fundamental para o aproveitamento delas dentro e fora da sala de aula. "Vejo que elas se sentem melhor na sala, na rua e em casa", avalia.
Andréia Ferreira ainda garante que a carga-horária do curso é suficiente para aprender o básico dessa comunicação. Mas, afirma que como em todas as outras línguas, que estão em fase de aprendizagem, é preciso praticar para não esquecer.
Origem
A Língua Brasileira de Sinais, também conhecida pela abreviatura Libras, é o meio de comunicação e expressão das comunidades surdas do Brasil. Ela surgiu em 1857, sob o império de Dom Pedro II, no Instituto Imperial dos Surdos-Mudos, a primeira escola para surdos do país.
Hoje o lugar é referência no atendimento a surdez. O nome foi mudado, hoje é chamado de Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e fica no Rio de Janeiro.
Ao contrário do que alguns podem pensar, a linguagem de sinais não é apenas mímicas e gestos aleatórios que ajudam na comunicação dos surdos. Possui gramática própria e todos os níveis lingüísticos: fonológico, morfológico, sintático e semântico.
A Libras foi resultado da mistura da língua de sinais francesa com a linguagem que já era utilizada pelos surdos no Brasil. Mesmo assim, ela não é universal. Cada país possui sua própria língua de sinais que sofre influências culturais.
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